Já faz algum tempo que eu viajo a negócios e, diferentemente de quando viajamos a passeio, notebook, tablet e celular são indispensáveis acessórios enquanto aguardo nas salas de embarque ou durante o voo. E são famintos por eletricidade.
Ocorre que, por maior que seja a autonomia das nossas baterias, ainda não inventaram um modelo Highlander com vida eterna. Sendo assim, quanto mais usamos nossos aparelhos, maior nossa necessidade por uma, ou várias, tomadas elétricas.
Na maioria das salas de embarque, encontrar a desejada tomadinha não e fácil. Mesmo assim, quando as encontramos estão sempre disputadíssimas por outros desesperados, nerds, workaholics ou ainda jovens crianças que tentam fazer o tempo passar mais rápido com seus joguinhos ou cineminhas de bolso.
Já estive em aeroportos que possuíam tomadas elétricas abaixo de cada uma das cadeiras no salão de embarque. Outros, oferecem pequenas ilhas onde pode-se usar a tradicional tomada com 110 volts, ou ainda usar um dos diversos plugues, compatível com quase qualquer modelo de telefone celular. A propósito, tem aeroporto que consegue auferir receita com isto. Em Nova Iorque, estas ilhas são patrocinadas por um importante fabricante de eletrônicos.
Recentemente tomei alguns voos internacionais onde, dentro da aeronave, em uma posição incômoda debaixo do assento, haviam as desejadas tomadinhas eletricas. Se você tem dúvida se seu voo possui este recurso, normalmente você encontra instruções na revista de bordo. E com um pouquinho de contorcionismo e compreensão do passageiro vizinho, você conseguirá plugar seu aparelhinho.
Não apenas aeroportos, mas também estações rodoviárias e ferroviárias tem a mesma demanda. Ainda na semana passada, estive na estação rodoviária do Tietê e não consegui usar as tomadas. Ocorre que todas elas tinham somente o infeliz do padrão brasileiro. Tudo bem, estamos no Brasil, mas este tipo de local, público, onde circulam pessoas de toda parte do mundo, precisa pensar nisto, afinal, estamos perto da Copa do Mundo e das Olimpíadas e teremos milhares de visitantes passando por ali.
Também como cortesia, se estes locais públicos pudessem oferecer internet sem fio de graca, seria fantástico. No mês passado, em Nova Iorque, tomei um ônibus entre o aeroporto de La Guardia e Manhattan. De dentro do ônibus, que tinha WiFi de graca, pude receber meus emails e fazer ligações pelo Skype. Há equipamentos extremamente baratos que criam redes sem fio de curto alcance usando a internet 3G da companhia de telefonia celular. Além de oferecer o servico aos passageiros, o sistema ainda permitiria rastrear o veículo, monitorar por vídeo os veículos, atualizar os monitores de sinalização digital e ainda de quebra, comunicar-se com o motorista. Certamente, esta empresa de onibus ganhou um cliente fiel, eu. E dentro do ônibus ainda tinha tomadas eletricas para cada passageiro!
Acho que tudo se resume a uma questão “cortesia” versus “ganância”. Se o negócio é transportar pessoas, estes pequenos mimos poderiam ser oferecidos de boa-vontade, ou ainda sob o patrocínio de algum anunciante.
Ainda com relação as tomadas, uma dica: leve consigo um benjamim.
Assim, se voce precisar de uma tomada e ela estiver ocupada, poderá compartilhar o mesmo plugue com uma pessoa que já a estava usando e ainda beneficiar uma terceira pessoa se ainda sobrarem tomadas em seu dispositivo. Mais um exemplo de “cortesia”.
Turista
Sabe como usar óleos essenciais em viagens? Clique para aprender.
Deixe um comentário