Na última sexta-feira, dia 23 de Março, o Turista esteve no Rio de Janeiro para reuniões de negócios.
As reuniões teriam início logo cedo, mas os vôos que mais me interessavam estavam fora do meu orçamento. Portanto, decidi embarcar em um confortável ônibus-leito da 1001, como fiz anteriormente, mesmo sabendo de um inconveniente: ocorre que escolhi um ônibus que saiu às 0h20m da manhã, cuja previsão para chegada era 6h30. O resultado seria uma noite com poucas horas de sono, além de chegar cedo demais à Cidade Maravilhosa, afinal minhas reuniões só teriam início por volta das 9 horas.
Por sorte (pelo menos para minha sorte), a viagem que deveria durar pouco mais de seis horas, durou cerca de oito. Isto me proporcionou um sono mais prolongado e a chegada em um horário mais compatível com a minha agenda. Creio que tenha havido algum contratempo na estrada, mas minha alegria foi tanta que sequer perguntei ao motorista o motivo do atraso. Cheguei descansado ao destino. A estrada estava muito boa, assim como a suspensão e o silêncio dentro do ônibus. O motorista (Sr. Barbosa), sem dúvida um profissional de primeira-classe. O leito não reclina 180 graus, mas é amplo e confortável. A companhia ainda oferece travesseirinhos, cobertores e um lanchinho. Água mineral é servida à vontade para quem quiser buscar copinhos na geladeira.
O serviço foi pontual e cordial. Antes de partir, esperei por cerca de 30 minutos na sala VIP na rodoviária do Tietê, em São Paulo. Muito confortável, mas preciso fazer duas críticas: a primeira faz referência aos aparelhos de TV, cortesia para quem está esperando. Ela estava convenientemente sintonizada na Globo News, mas estava sem áudio algum. Se é para oferecer notícias sem incomodar a quem não está interessado no assunto, poderiam pelo menos ligar o sistema de Closed-caption. A segunda crítica é com relação às tomadas elétricas. Tudo bem que o Brasil decidiu por um padrão totalmente incompatível com qualquer outro país do mundo, mas em uma rodoviária, assim como um aeroporto, passam pessoas que viajam para os mais diversos destinos, inclusive internacionais. As tomadas elétricas de cortesia eram apenas no padrão brasileiro, sem qualquer possibilidade de conectar um carregador de telefone celular antigo.
A estação rodoviária do Tietê é moderna, mas já precisa de uma atualização. Já a estação no Rio de Janeiro está atrasadíssima. Apesar de funcionar adequadamente, o aspecto é de terceiro-mundo.
Muito bem, táxi, reuniões e táxi até o aeroporto internacional do Galeão (que também precisa de renovação), onde embarquei em um vôo da Gol às 15h22. Eu não tinha bagagens para despachar, mas mesmo assim, fiz o check-in no balcão (não consegui fazer no auto-atendimento). Atendimento impecável e rápido pela atendente da Gol. Não houve fila.
Já no portão de embarque, consegui uma tomada elétrica junto às cadeiras de espera. Estas tomadas são extremamente concorridas em qualquer lugar do mundo. Não é raro ver um executivo de terno e gravata sentado no chão próximo de um plug elétrico instalado na parede. Algumas cadeiras no salão de embarque do aeroporto Santos Dumont possuem tomadinhas estrategicamente instaladas próximos aos pés das cadeiras – elegante e conveniente. Apesar de não ter usado o WiFi pago no aeroporto, consegui usar meu 3G da Tim com facilidade.
O embarque foi rápido e todos os passageiros já estavam embarcados 30 minutos antes do horário de fechamento das portas. Partimos sem atraso em um vôo muito tranquilo. A equipe de bordo também foi muito gentil, conforme esperado. Este vôo de apenas 45 minutos serviu sucos, refrigerantes e uma pequena porção de amendoins. A revista de bordo tem bom acabamento e matérias de boa variedade. A cabine só possui assentos de classe econômica, mas o espaço dos assentos é suficientemente confortável para vôos de curta duração. Não há entretenimento eletrônico (TV) a bordo, mas acho que em vôos curtos isto não é realmente necessário, afinal não daria tempo de assistir muita coisa. A aeronave da Boeing parecia nova.
Ao chegar em São Paulo, duas agradáveis surpresas para quem gosta de aviação. Durante o pouso, pude observar um caça da aeronáutica estacionado na Base Aérea. E taxiando, passamos bem pertinho de um Airbus A-380, o maior avião de passageiros do mundo, que estava estacionado próximo aos terminais.
Esta viagem, cheia de alegrias e boas surpresas, culminou com uma carona. A família do Turista o aguardava no aeroporto para um final de semana no interior de São Paulo. Fechou com chave de ouro.
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